Conquista (s) de tantos anos




Amanhece a cidade
E o sol de tão quente vem azul
Meninos voam, são pássaros.
Que pousam na relva da manhã
O juiz desceu há tempo
E o taxista ansioso também
Abrem-se o comércio e os serviços
E as descobertas que céleres vem
Quem é quem na cidade
O gentio já sabe bem falta
resolver apenas a água
Pro consumo imediato de alguém
Uns sobem outros descem
Fluxo contínuo - trabalhar
Nessa mecânica do vai-e-vem
A gente se perde, tem hora.
De reconhecer o que há
De tanto movimentar
São diversas Conquistas agora
Todas dentro de uma só
Bem diferente de outrora
Quando era um cafundó
Bá Jurema, Zé Garanto
E o Alto do Migdônio
Todas as ruas estão juntas
Pro abraço do minuano
O vento frio da Granja e
o quente da rua central
São coriscos, trovões e raios
Que dissolvem como a água
derretendo sobre o sal
Sinhô discute com Zoinho
Se fulano sai deputado
Essa é a última chance
“Senão fica sem mandato”
Alameda Lima Guerra
Ronaldo Pinto da Cipreste
Paulo Cutú e Albano
Falando de chuva agreste
“Que cai no fim do ano
como só cai no nordeste”
Mais abaixo a Praça cheia
Discute o transe do próximo dia
Que será como o de antes
Sem nenhuma engenharia
Assim corre esta cidade
Antes Vila Imperial
De antanho João Gonçalves
Até Guilherme atual
Buscando lugar de honra
No Olimpo, torrão geral
Assim anda esta cidade
Longa marcha imperial
Triunfa no crescimento,
sua história natural.

Para o aniversário de Vitória da Conquista
em 09 de novembro de 2009.


Por Paulo Pires
Foto: Diogo Cardoso - Vista Panorâmica da cidade,
tendo em primeiro plano a Faculdade FAINOR.

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